Futsal feminino: muito treinamento, experiência e inclusão
Treinos com equipes adultas, diversos amistosos e a parceria com a Associação de Surdos do Espírito Santo fizeram a rotina do time de Futsal Feminino do Ifes, campeão do JIF 2019. Mesmo com muita experiência e títulos (o time é bicampeão do Jifes), as meninas do Ifes – Campus Vitória treinavam cerca de oito horas por semana, divididas em três dias. A atleta Iara Garcia Signorelli, do Campus Aracruz, foi convidada para participar da equipe e completou a seleção.
Iara contou que conseguiu fazer apenas um treino em Vitória e que está se despedindo das competições. “Minha preparação foi com o time da minha cidade e tentei manter o ritmo com treinos aeróbicos na areia. Foi meu último ano e meu objetivo foi alcançado! Voltamos com o tao desejado ouro! Me despeço da competição apenas com agradecimentos! O JIF foi a melhor competição que eu já tive oportunidade de participar e ele me abriu muitas portas dentro desses quatro anos. Agora meu foco é a faculdade”, contou.
Um dos destaques da equipe, Gleicienny Vitoriense Queiroz, contou que para esta competição optou por jogar em uma posição que não estava muito habituada. “Jogo desde criança e consigo fazer todas as funções de linha. O professor Marcelo disse que gostaria de contar comigo em uma das posições mais avançadas do futsal, como pivô ou ala direita. Mas na minha equipe a necessidade de ter alguém que se dedicasse a marcação era muito maior. Então fiquei na defesa e fico muito feliz de ter contribuído e alcançado bons resultados. Levamos apenas 4 gols nesse nacional”, contou.
A atleta também falou um pouco sobre como se sente em relação ao esporte “Sou atleta desde muito cedo, mas posso afirmar que o esporte foi um dos grandes responsáveis pela formação do meu caráter, além da educação que recebia em casa. A responsabilidade comigo mesma e com o outro, o respeito pelo adversário e o foco em todo e qualquer objetivo são ensinamentos esportivos q levo pra vida”, afirmou.
Os treinamentos do time de futsal feminino foram realizados pelo professor Marcelo Vinsintini, do Campus Vitória. “As meninas, que têm de 15 a 19 anos, são muito talentosas e têm um espírito de equipe incrível. Os diversos treinos e amistosos que realizamos foram fundamentais para esse resultado. A experiência com a associação de surdos, inclusive, possibilitou o contato com a Libras e um novo aprendizado para o grupo”, contou.
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