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Dia Nacional de Luta da Pessoa com Deficiência: conheça a história de alguns alunos do Ifes - Respeito e coragem para aprender

Publicado: Segunda, 18 de Setembro de 2017, 10h25 | Última atualização em Segunda, 18 de Setembro de 2017, 16h29

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Respeito e coragem para aprender

vitoria fabricio 02

O respeito e o apoio fizeram o aluno Fabricio Leite Felisberto, 33 anos, mudar de atitude em relação à escola. Ele tem deficiência intelectual e faz o curso Técnico em Segurança do Trabalho – Proeja, no Campus Vitória. Fabrício conta que hoje tem mais coragem para falar sobre seus sentimentos e dificuldades, mas que nem sempre foi assim.

Nascido em Nova Venécia, encontrou problemas para ser aceito na primeira escola na qual foi matriculado. Aos 9 anos, aprendeu a andar, com auxílio dos profissionais da Apae, e depois tentou estudar em uma escola pública, mas conta que não recebia um acompanhamento e era alvo de bullying. Quando se mudou para Vitória, sua mãe o incentivou a fazer a inscrição para o Ifes.

“No Ifes, não se pode zombar das pessoas. Aqui todo mundo me trata bem. Gosto dos professores, dos coordenadores, psicólogos e estagiários pela forma como me tratam. Tenho dificuldades no curso, mas estou aprendendo com o apoio de todos. Hoje me sinto diferente porque aprendi muita coisa boa”, conta. Ele relata que os professores criam atividades adaptadas para ele e têm trabalhado muito bem para que ele aprenda os conteúdos.

Fabricio lembra que, desde de 2013, quando começou a estudar no Instituto, tem tido apoio do Napne. Ele disse ter ficado surpreso com o auxílio recebido. “Eu não esperava. Quando a pedagoga foi na sala para conversar com a turma, eu tinha vergonha de dizer que precisava de suporte. Hoje não tenho mais vergonha. Hoje eu falo quando preciso e procuro as pessoas para me ajudar e esclarecer o que necessito. Tenho mais coragem de dizer o que estou sentindo”, relata.

Quando terminar o curso, ele pretende seguir estudando no Ifes. “Aqui me sinto bem. Se eu for para outra escola, não sei se receberei ajuda. Eu me sinto em casa aqui.”

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