Conif: reitores discutem estrutura da Rede de Institutos Federais
O Instituto Federal de Palmas, em Tocantins, sediou, nos dias 6, 7 e 8 de maio, o encontro entre 38 reitores dos Institutos Federais de Educação de diferentes estados do Brasil e os representantes da Secretaria de Educação Profissional e Tecnológica do MEC - Setec. Trata-se do Conif - Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação, Ciência e Tecnologia, que iniciou as primeiras discussões de temas relacionados à estruturação da Rede de Institutos Federais do país.
Uma das determinações do Conselho foi que cada Instituto elabore um Plano de Metas e o apresente à Setec, para aprovação. Esse Plano deve seguir as diretrizes estabelecidas pelo Termo de Acordo de Metas, apresentado na ocasião, e por uma comissão composta por sete reitores - dentre eles, Denio Rebello Arantes, do Ifes.
O Termo de Acordo de Metas objetiva a ampliação das vagas, o desenvolvimento de políticas de assistência estudantil, o desenvolvimento de programas de ensino, pesquisa e extensão e a integração destes com a prestação de serviços para a sociedade, dentre outras ações. O objetivo geral da elaboração das metas é proporcionar investimentos e contratações.
Adoção do Enem
A reunião do Conif também posicionou-se favorável à adoção do Exame Nacional do Ensino Médio - Enem -, como forma de seleção de estudantes para ingresso no Ensino Superior. No entanto, as particularidades operacionais de utilização do exame não foram estabelecidas. Elas serão discutidas e definidas por cada Instituto.
Segundo o Conselho, o Enem deve ser associado à implementação de ações afirmativas (como origem dos candidatos egressos do ensino fundamental em escola pública, cor, etnia e renda), conforme as necessidades e peculiaridades regionais, para que não se torne um instrumento elitista e excludente.
Em documento entregue semana passada ao Ministro da Educação, Fernando Haddad, a comissão do Conif apresentou seu posicionamento, juntamente com uma série de considerações pertinentes à adoção do exame. Entre elas, constam ações do Ministério da Educação que garantam a melhoria da educação básica, um amplo programa de assistência estudantil e a inserção da avaliação ao longo do Ensino Médio, impedindo que o Enem se torne apenas um novo rito de passagem semelhante ao atual vestibular e possibilitando, às escolas, ajustes durante o processo educacional.
O Conif ressalta também que, para que haja uma participação efetiva nesse processo, as instituições demandam um tempo para promover as discussões internas em suas comunidades. O Ministro mostrou-se satisfeito com o posicionamento e disse esperar que as discussões internas das instituições sigam esse caminho.
A fim de obter um posicionamento claro a respeito do tema, o Ifes iniciará sua discussão nas próximas semanas.
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