Agifes deposita dois pedidos de patente ao Inpi
Os pedidos de patente foram para um equipamento que verifica o comportamento de materiais numa máquina de impacto e para uma terapia alternativa que combate o câncer evitando efeitos colaterais.
A Agência de Inovação do Instituto Federal do Espírito Santo – Agifes depositou dois pedidos de patente de pesquisa de professores e alunos do Ifes ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial – Inpi, na sexta-feira (4).
Com o pedido de patente, a ideia de projeto do inventor fica protegida e ele tem os direitos legais sobre a venda do produto no mercado. A Agifes realiza o trabalho de transferir a tecnologia para empresas interessadas e, com isso, o lucro das vendas é repassado para o Ifes. Os direitos legais estão respaldados pela Lei de Propriedade Industrial e pela Lei de Inovação.
Os pedidos de patentes foram feitos para as inovações “Sistema automático de posicionamento de amostras para ensaio de impacto charpy” e “Composição farmacêutica compreendendo ftalocianina de índio encapsulada em nanoesferas de um polímero e seu processo de preparo com controle das propriedades nanoparticuladas”.
A primeira invenção permite analisar o comportamento de materiais em diferentes temperaturas numa máquina de impacto, sendo tidos como dúcteis (duros) ou frágeis, de uma forma automática. Há, também, a vantagem de acoplamento a várias máquinas de impacto sem alteração construtiva e ocupando pouco espaço.
A patente foi inventada pelo professor Christian Mariani, pelo técnico Cláudio Patrocínio Júnior e pelos alunos de Engenharia Metalúrgica do campus Vitória Sávio Cuzzuol de Oliveira e Silas Gambarine Soares.
“Nós podemos ver funcionando o que vem das folhas de um livro”, afirma Sávio. Ele afirma ainda que “conseguimos, ao realizar esse projeto, trabalhar em equipe, e isso é muito importante para o desempenho profissional”.
Segundo Sávio, livros e artigos científicos são as principais fontes bibliográficas para produzir um projeto de pesquisa. As patentes também são outra fonte, mas são pouco utilizadas no Brasil. “A nossa ideia surgiu com a pesquisa de outras patentes registradas”. argumenta Sávio, reiterando a importância do registro de patentes.
Tratamento para o câncer
Já a composição farmacêutica refere-se ao preparo, à caracterização e à avaliação da eficiência fotodinâmica na redução de células humanas de tumor de mama da linhagem MCF-7. A terapia fotodinâmica é uma forma alternativa de combater o câncer e de não utilizar o tratamento quimioterápico, uma vez que a fotodinâmica atinge diretamente o tumor, evitando que o paciente desenvolva efeitos colaterais.
A patente foi inventada pelo professor André Romero da Silva e pelo aluno do curso de Licenciatura em Química do campus Aracruz, Carlos Augusto Zanoni Souto, que estão estudando o assunto desde 2009. De acordo com o professor, o produto desenvolvido foi fomentado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – CNPq, segundo aprovação do Projeto nº 577147/2008-0 no Edital MCT/CNPq 62/2008. “Este produto foi desenvolvido em um campus que só tem três anos de existência, demonstrando a capacidade do interior do estado em desenvolver atividades de pesquisa na região”, ressaltou.
“Com a pesquisa, aprofundei meus conhecimentos ao utilizar aparelhos do laboratório e softwares que vemos poucas vezes durante o curso. Também desenvolvi organização e responsabilidade com o trabalho diário”, destaca Carlos Augusto sobre a produção da pesquisa.
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