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Pesquisa do Campus Vila Velha pode aumentar produção de petróleo

Publicado: Sexta, 19 de Dezembro de 2014, 17h06 | Última atualização em Sexta, 19 de Dezembro de 2014, 17h14

A pesquisa visa a recuperação avançada de petróleo mediada por micro-organismos. 

O Campus Vila Velha do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) teve projeto de pesquisa aprovado para a recuperação avançada de petróleo mediada por micro-organismos – do inglês Microbial Enhanced Oil Recovery (MEOR) – será desenvolvido em parceria com a empresa capixaba Columbia Tecnologia e a Universidade de Omã, no Oriente Médio. A pesquisa “Biotecnologia aplicada à recuperação de petróleo mediada por micro-organismos produtores de biossurfactante isolados na região Norte do Espírito Santo” é coordenada pelas professoras Ana Paula do Carmo, Ana Raquel Santos de Medeiros Garcia e Cristiane Pereira Zdradek.

O projeto foi aprovado na Chamada nº 17/2014 do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), exclusiva para as instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica, e receberá R$ 275 mil, com 24 meses de duração. Em contrapartida, a empresa vai financiar 30% desse valor. O orçamento aprovado prevê, ainda, cerca de R$ 81 mil para concessão de bolsas. O projeto envolverá, inicialmente, quatro bolsistas dos cursos Técnicos em Biotecnologia e em Química e também da Licenciatura em Química.



De acordo com a professora Ana Paula do Carmo, a Columbia Tecnologia, que já atua na recuperação terciária do petróleo por meio de métodos térmicos e químicos, fez o contato inicial em busca de ampliar seu escopo de atuação no mercado de óleo e gás. Assim, surgiu a ideia da concepção do projeto voltada para os estudos dos métodos biológicos de recuperação do petróleo envolvendo biossurfactantes, que são compostos capazes de reduzir a viscosidade do óleo e aumentar o rendimento da produção por poço perfurado.

Ana Paula explica que a extração de petróleo é feita em três etapas de recuperação. Após a primeira e segunda etapas de recuperação, aproximadamente 30% a 40% do óleo permanece ligado à rocha. Os micro-organismos entram nessa terceira etapa, reduzindo a viscosidade do petróleo, o que facilita a extração. O projeto do Campus Vila Velha prevê a bioprospecção de bactérias capazes de fazer essa recuperação a partir do seu isolamento em poços on shore no norte do Espírito Santo. Com isso, as pesquisadoras pretendem criar uma coleção de micro-organismos produtores com aplicação da Biotecnologia para a MEOR. Os produtos obtidos a partir desse estudo priorizará o desenvolvimento de entregáveis com interesse estratégico para o Espírito Santo, que é o segundo maior produtor de petróleo e gás natural do Brasil, com presença de bacias maduras terrestres.

A Universidade de Omã também é parceira do projeto. As condições do norte capixaba se assemelham às do Oriente Médio e a instituição está à frente neste tipo de pesquisa, uma vez que já possui uma coleção de culturas produtoras de biossurfactante em fase de otimização da produção em escala piloto.

 

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