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Ana Maria Machado lota Teatro do Campus Vitória em edição do Encontro com o Escritor

Publicado: Terça, 02 de Junho de 2015, 18h45 | Última atualização em Terça, 02 de Junho de 2015, 18h45

O encontro faz parte da programação da “21ª Viagem pela Literatura”, que é realizada pela Biblioteca Municipal de Vitória.

Auditório com lotação esgotada. Foi assim na última edição do Encontro com o Escritor/Viagem pela Literatura, que aconteceu nesta segunda-feira (1º) no Teatro do Campus Vitória do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes). O evento contou com a participação da escritora Ana Maria Machado. “Minha relação com o Espírito Santo é muito carinhosa. É sempre um prazer estar aqui”, pontou a escritora.

Antes de subir ao palco para o bate-papo, mediado pelo escritor e presidente da Academia Espírito-Santense de Letras, Francisco Aurélio Ribeiro, Ana Maria recebeu as boas-vindas da secretária municipal de Cultura, Ana Laura Nahas.

“É uma honra receber Ana Maria Machado no Viagem pela Literatura. Ela que é uma inspiração para quem trabalha com literatura. Espero que seja uma noite proveitosa para todos e que a gente saia daqui com a cabeça ainda mais aberta, como é a proposta desse projeto”, disse a secretária.

Ana Maria, que é filha de uma capixaba e já morou na Grande Vitória – na infância, na região do Parque Moscoso, e já adulta e com filhos, no balneário de Manguinhos –, respondeu a várias questões vindas da plateia. Confira alguns trechos da conversa:

Sobre livro e o mercado literário
“Existe uma aproximação maior dos jovens com a escrita. Escrevem mensagens de texto, leem as respostas. Não existe um medo da escrita. Não acredito que se esteja lendo menos, acredito que se leia menos literatura.”

Sobre ser tradutora
“Um dos maiores desafios literários foi traduzir 'Alice no País das Maravilhas'. Foi um desafio trazer aquela história para a criança brasileira. Foi um trabalho que, intelectualmente, me deu muito orgulho.”

Sobre o “fim” do livro
“Não gosto de tentar adivinhar o futuro, mas a sensação que tenho é que certos tipos de livros, como enciclopédias e dicionários, já morreram. É muito mais fácil buscar esse tipo de informação na internet. As obras de referência serão substituídas pela internet.”

Processo de criação
“Gosto de escrever de manhã. Acho que é quando as ideias estão mais frescas. E gosto de escrever sem interrupção. Desde cedo, meus filhos entenderam isso (risos). Não escrevo nada durante a noite. Só mensagens de texto (risos).”

Ser escritora
“Eu gostei tanto de ler a minha vida inteira que me deu vontade de me juntar com essa gente toda. O que me atrai e me faz feliz em estar escrevendo ou lendo é a linguagem. Eu gosto da linguagem. Citando um dos meus poetas preferidos, Ferreira Gullar, a arte existe porque a vida não basta.”

Viagem pela Literatura
As atividades do Viagem pela Literatura, projeto da Biblioteca Municipal Adelpho Poli Monjardim, estão sendo realizadas com o apoio do Sistema Nacional de Bibliotecas Públicas (SNBP) e do Ministério da Cultura (Minc), por meio do Edital Prêmio Boas Práticas e Inovação em Bibliotecas Públicas/2014.
O Viagem pela Literatura é realizado desde 1994 e tem como objetivo incentivar a prática da leitura por meio de atividades desenvolvidas por atores, escritores e contadores de histórias, proporcionando o acesso ao livro de forma lúdica e contribuindo para a construção de cidadãos mais críticos.


*Leo Vais, da Secom/PMV.

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