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Leds desenvolve caixa mais segura e inteligente para transporte de órgãos

Publicado: Terça, 29 de Novembro de 2016, 14h25 | Última atualização em Terça, 29 de Novembro de 2016, 14h27

Equipe do Campus Serra contou com a parceria da empresa Genesis no projeto Lifebox.

Com o desafio de otimizar o processo de transporte de órgãos para doação, um grupo de alunos do Laboratório de Extensão em Desenvolvimento de Sistemas (Leds), do Campus Serra, criou o projeto Lifebox. Reunindo estudantes dos cursos de Sistemas de Informação e Engenharia de Automação, do próprio campus, e do Desenho Industrial, da Ufes, eles criaram uma caixa térmica que tem um interior mais seguro para o transporte e um circuito que ajuda na preparação das caixas e garante que a temperatura interna ficará na faixa exigida durante um determinado período de tempo.

A demanda foi percebida no contato do Leds com a Central de Notificações, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO) do governo estadual. A CNCDO é responsável por toda a logística do transporte. O grupo percebeu diversos possíveis problemas nessa logística, incluindo limitação de recursos para compra de materiais, e assim desenvolveu uma solução de baixo custo, acessível à realidade da saúde pública.

As caixas térmicas receberam uma identificação mais chamativa e seu interior foi alterado para que acomodem melhor os órgãos a serem transplantados e evitem que eles tenham contato direto com o gelo durante o transporte. Além disso, o grupo colocou um termômetro na parte externa da caixa, que permite a leitura da temperatura interna sem que ela tenha que ser aberta. O rigor na manutenção da temperatura é uma exigência nos procedimentos de transplante.

O professor Paulo Sérgio Santos, um dos coordenadores da iniciativa do Leds, explica ainda que foi desenvolvido um circuito para auxiliar na preparação das caixas, que devem atingir uma temperatura ideal antes de poderem ser utilizadas. “Esse monitoramento é feito de forma manual, um enfermeiro tem que periodicamente conferir a temperatura da caixa enquanto ela está sendo preparada”, relatou. O circuito desenvolvido avisa quando o objeto atinge a temperatura desejada e ainda certifica que a temperatura interna se manterá entre 2°C e 8°C por um determinado período de tempo – geralmente entre 10 e 12 horas. Com isso e com o termômetro na parte externa, não é mais necessário que a caixa seja aberta para aferição manual.

O projeto contou com a participação dos seguintes estudantes: Arthur Borbognoni, Giordana Gatti e Thanmara Mafra, de Desenho Industrial; Anne Caroline Silva e Cassiano Kunsch, de Sistemas de Informação; e Irisson Júnio Máximo Borges e Marlon Woelffel, de Engenharia de Controle e Automação. A coordenação é dos professores Carlos Azevedo, Flavio Giraldeli, Flavio Lopes, Paulo Sergio Santos e Rodrigo Calhau. A empresa Genesis Tecnologia foi parceira da iniciativa.

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