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Reciclagem eletrônica: prata é separada de placas de circuito e utilizada para sintetizar nanopartículas

Publicado: Quarta, 20 de Setembro de 2017, 09h42 | Última atualização em Quarta, 20 de Setembro de 2017, 09h42

Tese de doutorado de professor do Ifes aponta que processo de reciclagem é mais rentável que venda de placas obsoletas.

Um estudo realizado pelo professor Marcos Paulo Kohler Caldas, do Campus Serra, do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), foi capaz de recuperar 100% da prata presente em placas de circuito impresso de computadores obsoletos. Objeto de sua tese de doutorado, realizada na Universidade de São Paulo (USP), a prata foi separada dos metais que compõem circuitos e usada para sintetizar nanopartículas, muito utilizadas pela indústria.

Com diâmetro médio de 60 nanômetros (nm) a 80 nm, as nanopartículas de prata são cada vez mais importantes no mercado. “Começamos a estudar a recuperação da prata devido ao valor agregado que o metal ganha na forma de nanopartículas”, destaca Caldas. O processo utilizado foi a hidrometalurgia, que separa minerais por meio de reações de quebra do minério em um meio aquoso.

A reciclagem de eletroeletrônicos não é uma novidade, mas quando o assunto é placas de circuito, a tecnologia ainda não é amplamente utilizada no Brasil. “Hoje o que o Brasil faz não envolve 100% de reciclagem, mas sim a venda das placas”, explica o professor. Tratados fora do País, os minérios extraídos dos circuitos são recuperados em escala industrial por nações como a China, um dos maiores compradores desse tipo de material.

“Ter desenvolvido uma forma de síntese de nanopartícula de prata a partir de um resíduo fez com que a gente encontrasse um meio de agregar ainda mais o valor do nosso material”, pontua o especialista ao destacar que a pesquisa continua. “A partir de agora podemos estruturar a nanopartícula e dar a ela características específicas que aumentem ainda mais seu valor de mercado.”

Acesse a tese Síntese de Nanopartículas de Prata a partir da reciclagem de placas de circuito impresso”.

Com informações do Jornal da USP.

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