Pesquisadores do Ifes e da Ufes lançam índice sobre a qualidade do emprego formal no Estado
Todos os 78 municípios do Espírito Santo tiveram seu índice calculado pelos pesquisadores.
Os pesquisadores do Observatório do Desenvolvimento Capixaba (ODC) lançam, na quarta-feira (13), o Índice de Qualidade do Emprego Formal no Espírito Santo (IQEF-ES). O estudo mede a qualidade do emprego formal nos 78 municípios capixabas no período de 2006 a 2017. O evento de lançamento aconteceu no auditório do Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN), em Bento Ferreira, Vitória.
O Observatório do Desenvolvimento Capixaba é um grupo de pesquisa que reúne os professores Érika Leal, Rodrigo Medeiros, Luiz Henrique Lima Faria, Rafael Buback Teixeira e Daniel Leite, do Campus Cariacica do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes); e os docentes Ednilson Felipe e Celso Bissoli, da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes).
O IQEF-ES é um índice composto de três dimensões: Econômica, Oportunidade e Sofisticação. O material foi elaborado com base nos dados do Relatório Anual de Informações Sociais (Rais) e do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) durante o período de 2006 a 2017.
Todos os 78 municípios do Espírito Santo tiveram seu índice calculado pelos pesquisadores. Dessa maneira, os gestores públicos e a sociedade poderão conhecer a evolução da qualidade do emprego formal de cada localidade no período analisado. Além disso, a partir do índice, é possível elaborar políticas públicas voltadas a grupos específicos da população, como os jovens.
Na dimensão “Oportunidade”, por exemplo, o IQEF mediu a inserção de jovens e de mulheres e o acesso ao primeiro emprego. Em “Sofisticação”, os pesquisadores identificaram um aumento do nível educacional dos trabalhadores, ao medir a taxa relativa de escolaridade qualificada.
O índice apresenta ainda as mudanças decorrentes dos momentos de crescimento e de crise econômica, o que reflete na qualidade do emprego formal. “De modo geral, vemos uma precariedade do emprego formal nos últimos anos. Isso vem acompanhado de uma redução da participação dos jovens no mercado de trabalho e também identificamos uma queda na remuneração do trabalhador”, explica Érika Leal. “Em todas as microrregiões o volume de empregos formais diminui mas, ao final do período analisado, conseguimos visualizar uma lenta recuperação a partir de 2017”, complementa.
Para saber mais sobre o trabalho do Observatório do Desenvolvimento Capixaba, acesse: desenvolvimentocapixaba.net.
Créditos das fotos: Assessoria de Comunicação/IJSN
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