Projetos inovadores do Ifes chamam atenção no StartUp Summit 2019
Com a participação, o Ifes levou inovação para mais de 3 mil pessoas em cada dia do evento.
Projetos inovadores do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes) atraíram a atenção do público participante do Circuito Startup Summit, realizado pelo Sebrae, entre os dias 6 e 8 de dezembro, na Praça do Papa, em Vitória. Os projetos de carro autônomo, cultura maker, reconhecimento facial e realidade virtual, realizados nos campi Serra, Cariacica e Vitória, foram apresentados para mais de 3 mil pessoas de todas as idades no último fim de semana.
Além dos projetos, o Ifes também levou empresas incubadas dos campi Serra, Cachoeiro e Itapina para a programação do evento. As empresas FlexiMetal e Olá Wolff ocuparam estandes no Espaço StartUps e a empresa Capixaba Drones apresentou um painel no Espaço Share ID. O evento teve a proposta de reunir atividades relacionadas a empreendedorismo e inovação e trouxe atividades simultâneas, gratuitas e abertas a empresários, empreendedores e estudantes.
O diretor em exercício da Agifes, Gabriel Adolfo Gomes Potin, destaca que o evento foi uma oportunidade de reafirmar pra sociedade as tecnologias desenvolvidas no Ifes. “Participamos de diversos espaços do evento, sendo uma das instituições de ensino mais ativas. O evento foi um importante marco da Inovação para o ecossistema do Espírito Santo, com o objetivo de trazer o cidadão comum para mundo da tecnologia”, afirmou.
Veja abaixo informações sobre a participação do Ifes.
Cultura Maker não se resume à impressão 3D
O Campus Cariacica é pioneiro no desenvolvimento da Cultura Maker no Ifes. Professores do campus trabalham a ideia com os estudantes há cerca de dois anos, mas somente em setembro deste ano o campus criou um espaço físico para o desenvolvimento de projetos na área. Atualmente, 12 alunos e 10 professores estão envolvidos com a temática no campus, sob a coordenação do professor Frederico Pifano.
As impressões 3D despertaram a curiosidade de diversas pessoas no evento, mas o professor Frederico destaca que a Cultura Maker vai muito além. “Na verdade, a impressão 3D é parte do processo.O que é importante destacar é que o aluno para de aprender de forma teórica e passa a colocar a mão na massa. E isso faz toda a diferença no processo de ensino-aprendizagem”, comenta, Frederico.
Inteligência artificial substitui lista de presença em sala de aula
A queixa de professores sobre o modo tradicional de fazer a “chamada”, ou seja, o registro de presença do estudante em sala de aula levou os pesquisadores do Ifes – Campus Serra a desenvolverem o IAmHere: Chamadas por Reconhecimento Facial. O aplicativo reduz o tempo da atividade, que pode durar até 5 minutos, para 30 segundos.
Desenvolvido no Laboratório de Extensão em Desenvolvimento de Soluções (LEDS), o app combina três algoritmos diferentes: um que trata a imagem, outro que reconhece a face dos estudantes, e um terceiro que identifica quem é. No domingo (8), o professor Rodrigo Fernandes Calhau, e os estudantes Olavo Curátola e Sara Ferreira explicaram aos participantes como a tecnologia funciona.
O professor Calhau explica que ainda estão sendo realizados testes. “Estamos testando em algumas turmas, corrigindo alguns errinhos, mas de forma geral tem funcionado muito bem. Em breve vamos disponibilizar para que turmas de outras instituições também utilizem”, destacou.
Realidade virtual diminui riscos de acidentes em treinamentos
Os participantes do evento puderam experimentar o Sistema de Realidade Virtual para Treinamento de Condutores de Locomotivas, desenvolvido por pesquisadores do Ifes – Campus Vitória, em um projeto em parceria com a Vale. A empresa procurou o Ifes para desenvolver esse ambiente virtual para treinamento de operadores de locomotivas. Isso evita, no mundo real, acidentes de trabalho e também gera economicidade para empresa, já que ela não precisa comprar maquinários específicos para os treinamentos.
Para o Ifes, a parceria também é positiva. “O produto dessa pesquisa tem impacto direto na formação tanto dos estudantes que atuam na pesquisa, quanto nos estudantes que utilizarão a tecnologia para aprender sobre o assunto. Além disso, quando o trazemos para um evento como esse, contribuímos para a popularização da tecnologia, atraindo o interesse de pessoas de todas as idades”, explicou o professor Marcelo Queiroz Schimidt.
Pesquisador busca parceiros para segunda fase da pesquisa com carro autônomo
Já imaginou dar uma voltinha num carro sem motorista? Foi o que os participantes puderam experimentar no Circuito Startup Summit, com carro autônomo desenvolvido pelo professor Rafael Vivacqua, do Campus Serra.
O projeto entrará agora numa nova fase e o pesquisador está em busca de professores e estudantes parceiros que possam contribuir para a melhoria da automação do carro, tanto no desenvolvimento de pesquisa, quanto no apoio para busca de fomento, entre outras atividades. “A automação funciona bem em relação à geolocalização, agora precisamos melhorar a resposta aos eventos inesperados que possam acontecer no meio do trajeto.
Desenvolvido durante o doutorado, o projeto é de baixo custo. Ao todo o professor gastou R$ 2800 para adaptar o seu carro pessoal.
Empresas incubadas no Ifes levam poste inteligente e app para empreendedores ao evento
Também estava presente no evento a empresa Fleximetal Brasil, que apresentou, poste inteligente (Flipposte). Trata-se de um acessório com uma dobradiça acoplada à haste da luminária do poste, que pode ser manipulada do chão. Dessa forma, o equipamento permite que as manutenções dos postes sejam realizadas ao nível do solo, evitando possíveis acidentes de trabalho.
A empresa já terminou o processo de incubação, que foi essencial para o sucesso do produto. “Foi validado a partir da primeira venda para a Arcellor Mittal. Estar no Ifes foi fundamental para que uma ideia que eu tive saísse do papel. Ela foi validada, melhorada e tornou-se realidade a partir do suporte que o Ifes me deu”, contou Robson Barreto, CEO da StartUp.
Ao lado, representantes OlaWolff, empresa incubada no Campus Cachoeiro de Itapemirim, contam sobre como utilizam tecnologias de informação para acelerar e desburocratizar o processo de abertura de novas empresas para empreendedores e pessoas físicas. O foco de atuação são negócios de impacto social, priorizando o atendimento a empreendedores das classes C, D e E.
“Não estamos fisicamente no Ifes porque já temos nossa própria estrutura, mas passar pelo processo de incubação no campus nos dá um peso muito grande perante à sociedade, nos abre muitas portas. Outro ponto muito positivo é a mão de obra superqualificada que temos acesso no Ifes. É muito positivo”, contou Jacques Douglas Danzi, CEO.
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