Software criado pelo Ifes detecta anomalias em ferrovias por meio de técnicas de visão computacional
O programa de computador foi desenvolvido para atender uma demanda da empresa Vale, parceira do projeto.
Pesquisadores do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), em parceria com a empresa Vale, desenvolveram o programa de computador CABTI (Classificador de Anomalias em Boletos de Trilhos por Imagem). O software emprega as técnicas de visão computacional e aprendizado de máquinas para detectar e classificar o nível de severidade das anomalias presentes na superfície dos trilhos a partir de imagens capturadas da via permanente. O Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI) concedeu o certificado de registro de programa de computador ao software.
O programa de computador foi desenvolvido no Laboratório de Tecnologias do Futuro (LabTeF), do Campus Vitória, com o objetivo de atender a uma demanda da Vale. O trabalho faz parte do projeto de pesquisa "Inspeção Automática de Ferrovia e Porto", cujo objetivo é desenvolver ferramentas com uso de tecnologia de sensores, visão computacional e aprendizado de máquinas para melhorar e automatizar o processo de inspeção.
O sistema desenvolvido assegura uma identificação mais rápida e precisa dos defeitos presentes no boleto do trilho através da interpretação das imagens coletadas. Outros trabalhos pesquisados realizam essa inspeção usando equipamentos como lasers, scanners ou outras técnicas. O CABTI pode realizar o diagnóstico da qualidade dos trilhos da via sem a necessidade de estar in loco. A ferramenta auxilia na programação de manutenção preventiva e corretiva, diminui os custos de manutenção e garante coerência nas tomadas de decisões voltadas para a manutenção.
O certificado de registro de programa de computador é resultado do trabalho de mestrado do Paulo Cezar Lobo Rodrigues, que é aluno do Programa de Pós-Graduação em Tecnologias Sustentáveis (PPGTECS), do Campus Vitória. Ele foi bolsista do projeto, com orientação das professoras Shirley Peroni Neves Cani e Mariana Rampinelli Fernandes, coordenadora do projeto de pesquisa. São autores do programa CABTI: o estudante Paulo Cezar Lobo Rodrigues, os professores do Shirley Peroni Neves Cani, Mariana Rampinelli Fernandes e Reginaldo Barbosa Nunes, do Campus Vitória; o professor Flavio Garcia Pereira, do Campus Serra; e os funcionários da Vale André Stanzani Franca, Maria Rachel Máximo e Luciano de Souza Pereira.
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